O bom andamento e os resultados de um projeto envolvem diversos elementos, dentre eles riscos, desafios e obstáculos que podem atrapalhar esses resultados. Por isso, a gestão de projetos deve sempre levar em conta esses riscos e desafios para que o resultado do projeto esteja dentro do esperado.
Sem meios para mitigar esses riscos, o projeto fica à mercê da imprevisibilidade, o que pode ser altamente prejudicial não só para o projeto em si como também para a empresa. Sendo assim, o artigo a seguir tem como principal objetivo explicar como identificar, avaliar e gerenciar esses riscos no ciclo de vida de projetos.
Portanto, leia o artigo até o final para entender mais sobre essas boas práticas!
Projetos e seus riscos
Hoje, mais do que um planejamento consistente e objetivos claros, a gestão de projetos nas empresas precisa também identificar e quantificar os riscos e obstáculos ao processo. Seja a resistência à mudança, barreiras contra a inovação ou até engessamento de gestão, entender esses obstáculos é essencial para o sucesso de qualquer projeto.
Além disso, a adoção de boas práticas de gestão pode ajudar na criação de uma cultura na qual a evolução e a adaptação se tornam parte da rotina da empresa. Para tanto, a elaboração de soluções adaptadas e os avanços tecnológicos têm ajudado diversas empresas a reduzir riscos durante o ciclo de vida em seus projetos.
Segundo a Pesquisa Global de Riscos 2022, elaborada pela PwC, a adaptação às transformações digitais é uma das principais preocupações das empresas quando o assunto é mitigar riscos. De acordo com a pesquisa, 89% das empresas entendem a transformação digital e a sua importância enquanto ferramenta para identificar, gerenciar e mitigar riscos.
Outro ponto importante levantado pela pesquisa é a importância dada por essas empresas para a gestão de riscos. A detecção e o monitoramento de riscos é prioridade para 70% das empresas, sendo o terceiro maior foco em investimentos do ponto de vista digital.
Da perspectiva da inovação, o chamado apetite para riscos ainda é baixo para várias dessas empresas. Sendo assim, enquanto por um lado temos empresas que evidenciam essa importância, do outro temos empresas que precisam redefinir processos e aumentar seu apetite por crescimento maior, mas também maiores riscos.
Um bom exemplo de sucesso nesse caminho é o da gigante varejista Magazine Luiza, que se tornou referência em transformação digital no país. Por meio de uma transformação feita de dentro para fora, a varejista foi capaz de criar uma cultura corporativa digital, otimizar processos e se tornar multicanal, sempre com ferramentas de controle de riscos envolvidas.
Mas como tornar a mitigação de riscos uma realidade do ponto de vista da gestão de projetos em uma empresa? A seguir, você confere algumas boas práticas que tornam isso possível.
Como lidar com riscos em 6 boas práticas
Conforme vimos no tópico anterior, a gestão de riscos em projetos é sim uma prioridade nas empresas, mas falta iniciativa para mudar processos de forma concisa. Isso porque riscos muitas vezes são enxergados como obstáculos por si só nas empresas, o que cria uma mentalidade que se deve “evitar correr riscos”.
No entanto, quando falamos de projetos, não se trata necessariamente de não correr riscos, mas sim de monitorar e gerenciar esses riscos de forma adequada durante o processo. Qualquer projeto está sujeito a riscos, mas a gestão só consegue ultrapassá-los com uma metodologia adequada e que considere formas de identificar, gerenciar, mitigar e até mesmo eliminar esses riscos.
Por isso, você confere a seguir 6 boas práticas para fazer uma melhor gestão de riscos nos projetos da sua empresa.
1. Identifique e hierarquize os riscos
O primeiro passo para uma gestão de riscos em projetos eficiente é a identificação desses riscos. Sendo assim, identifique os principais riscos ao projeto e estime os impactos de cada risco para o andamento e resultado do projeto como um todo, possibilitando a hierarquização desses riscos.
Assim, você define o que de fato é prioridade do ponto de vista de riscos e consegue definir com maior clareza estratégias para mitigá-los. Dentre algumas metodologias para identificação de riscos estão:
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Elaboração e análise de cenários;
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Análise SWOT;
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Análise do histórico de projetos anteriores similares;
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Listas e checklists de riscos comuns ao setor de atuação;
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Método Delphi;
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Diagrama de Ishikawa (causa e efeito);
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Entrevistas.
Por fim, também é preciso identificar tanto os riscos ambientais quanto aqueles relacionados aos processos, definindo o que está dentro e fora do controle da empresa.
2. Elabore estratégias de mitigação ou eliminação
Uma vez identificados os riscos ao projeto, é necessário elaborar estratégias de mitigação ou até eliminação desses riscos. Uma forma de fazer isso é eliminando a situação ou processo que está ocasionando ou pode gerar o risco, seja mudando o escopo do projeto ou a abordagem.
Também é possível elaborar estratégias de transferência, compartilhamento ou até mesmo aceitação dos riscos. O principal foco desse processo é entender o que gera o risco e retirar esse elemento do caminho do projeto ou entender o impacto e definir se a empresa está disposta a encarar esse risco sem nenhuma medida específica fazendo uma relação risco/recompensa.
Desse modo, dentre as estratégias de mitigação de riscos estão:
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Comunicação de riscos;
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Avaliações regulares de risco;
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Feedbacks e avaliações dos times envolvidos no projeto;
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Avaliações técnicas e de qualidade;
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Administração de recursos e reservas.
3. Crie caminhos alternativos
Em um projeto, nem tudo acontece conforme o planejado, e os riscos durante o seu ciclo de vida são um exemplo disso. Por isso, crie caminhos alternativos no escopo do seu projeto para evitar estagnação no primeiro obstáculo encontrado durante a execução do projeto.
Adaptabilidade e alternativas podem ajudar a mitigar os riscos que o projeto possa enfrentar ao longo do caminho. Dessa forma, você garante que ele terá menores riscos de interrupção durante a execução, além de também garantir a continuidade do projeto de forma prática.
4. Tenha planos de contingência
A elaboração de planos de contingência andam de mãos dadas com a análise de cenários possíveis na execução de projetos. Em suma, o objetivo aqui é definir quais os riscos do projeto e definir protocolos de ação de acordo com o impacto de cada risco.
Mais do que um plano B, os planos de contingência tem como alvo principal os riscos de alto impacto para o projeto. Diferentemente dos caminhos alternativos, que visam o escopo do projeto em si, os planos de contingência consideram o momento em que o risco gera impactos alheios ao escopo do projeto, mas que podem atingi-lo.
5. Engaje seus stakeholders
A comunicação é a chave não só na mitigação dos riscos mas também no processo de engajamento do time envolvido ou impactado pelo projeto. Por isso, comunique aos seus stakeholders o conjunto de riscos e desafios encontrados, bem como os seus impactos para o projeto e para a empresa.
Manter a comunicação de forma regular e em diferentes canais também é importante nesse processo. Por fim, inclua seus stakeholders chave do projeto nas tomadas de decisão e também na avaliação dos riscos.
Assim, a transparência se torna uma ferramenta na identificação, hierarquização e na mitigação dos riscos ao projeto.
6. Defina formas de controle e monitoramento
Por fim, mas não menos importante, mais do que superar os riscos é necessário também registrar esse processo de forma adequada. Dessa forma, é possível criar aprendizado organizacional e definir diretrizes para superar esses riscos nos projetos seguintes.
Para isso, existem uma série de metodologias que permitem o controle e o monitoramento de riscos no andamento de um projeto. ALguns exemplos dessas metodologias incluem:
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Indicadores Chave de Riscos (KRIs);
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Gestão de Valor Agregado (EVM);
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Medição do Desempenho Técnico (TPM);
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Análises de Variância;
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Método de Monte Carlo;
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Lista de Registro de Riscos;
Para concluir, é preciso lembrar que antes de adotar qualquer metodologia é necessário conhecer a realidade e o modelo de negócio de cada empresa a fim de entender o projeto, os riscos e as soluções adequadas para o caso de cada empresa.
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