A estagnação de um negócio é um fenômeno muito associado com a falta de crescimento. Geralmente, é percebido quando os resultados apresentados se mantem inalterados ao longo de um período. Contudo, a falta de crescimento é, quase sempre, um sintoma avançado do processo de estagnação.
Alguns teóricos das ciências da administração preconizam que o ciclo de um empreendimento compreende as fases de introdução, crescimento, maturidade e declínio, pregando que a entropia da empresa é algo natural. O que validaria a ideia de que o processo de estagnação seria o primeiro sintoma do declínio.
Mas, uma organização saudável tem entre as suas missões fundamentais, a busca constante pela inovação, como forma de assegurar a sustentabilidade e perenização da empresa.
De fato, o que entra em declínio são os negócios e não as empresas. Tanto é assim que podemos contar ao menos 10 empresas milenares do mundo (ver aqui) e a revista Gestão Empresarial – Edição 28, traz em sua reportagem de capa, a lista com as 50 empresas brasileiras com mais de 100 anos.
A estagnação é a falta de progresso de um negócio!
Mudanças acentuadas nas curvas de tendência de crescimento, certamente já pode ser considerado um sinal de estagnação.
Existem outros sinais: falta de renovação do portfólio de produtos ou serviços, envelhecimento da marca, aumento das reclamações de clientes, queda das vendas, perda de colaboradores ou dificuldade em contratar profissionais de qualidade, perda de eficiência operacional, acentuado uso da burocracia, aumento dos conflitos internos e externos, conflitos societários ou sucessórios, são outros indícios que precisam ser observados.
A questão é: toda empresa passa por um processo de estagnação?
A minha resposta é não! Empresas bem geridas, com uma boa estratégia de PD&I e um processo de gestão da inovação que funcione, dificilmente passará por estagnação, simplesmente porque seu ciclo de atualização dos modelos de negócio tenderá a ser bastante abreviado, sobrepondo as fases de declínio de um modelo de negócio com a fase de crescimento de um novo modelo de negócio.
Esta imagem ilustra como seriam os ciclos de renovação dos negócios, em uma empresa sustentável:
É possível vencer a estagnação?
Claro que sim! O primeiro passo para isso, é uma análise da situação e o desenvolvimento de um plano que deve combinar ações de curto prazo com ações de longo prazo. Nossa experiência com empresas que vivem um tempo de estagnação, mostra a necessidade de atuar no nível organizacional, no modelo de negócio e na formulação das estratégias de crescimento e sustentabilidade.
Essa combinação de ações é capaz de recolocar a empresa em condições de crescimento contínuo. A sua manutenção passa pela introdução de uma cultura focada na inovação contínua e em processo de gestão que promova a perenização da empresa, com uma constante renovação de seus modelos de negócio.
Sobre o autor:
Jeferson Sena é sócio-diretor da Ninho Desenvolvimento Empresarial, especialista em projetos de organização e reestruturação de empresas, desenvolvimento, implementação e gestão de planejamento estratégico.
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