Falta de maturidade para inovar pode trazer riscos às empresas

29 de Setembro de 2022, por Ninho | Inovação
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A maturidade para inovar ainda é baixa entre as empresas brasileiras e isso pode ser um fator de risco para o futuro das companhias, saiba mais. 


A maioria das empresas do Brasil está longe de ter maturidade para inovar. Uma pesquisa recente da ACE Córtex mostrou que apenas 23,2% das companhias do país investem em inovação, ou seja, cerca de 79% ainda não despertaram para a importância deste investimento. 

São muitos os entraves para a inovação, mas, considero que a principal é a falta de cultura de inovação no comando das organizações. Isto impede que a inovação esteja incluída na estratégia geral das empresas e não faça parte dos desafios propostos aos colaboradores. Em contrapartida, as mudanças no mercado e as mudanças nos modelos de negócios, aceleraram ainda mais a necessidade do investimento em ações inovadoras.


Riscos da não inovação

Grandes companhias como Kodak, Nokia, Mesbla, Blockbuster, Atari e Xerox estão na lista de empresas que faliram, fecharam ou foram vendidas por conta da falta de maturidade ou de uma gestão voltada para a inovação. 

Em um mundo cada vez mais tecnológico, se sobressai no mercado quem mostra que está alinhado à modernidade. A inovação sempre foi um fator extremamente importante para a longevidade e perpetuação dos negócios e a falta de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) pelas empresas não ajuda na busca por soluções capazes de mantê-las em condições competitivas frente aos seus concorrentes. 

O que até pouco tempo era conhecido como tradicional, hoje já pode ser visto como obsoleto, porque os mercados consumidores de todos os tempos estão sempre ávidos por novidades e comodidades. A demanda por inovação nos negócios não é uma exigência do século 21, a evolução da espécie humana sempre assentou-se sobre avanços tecnológicos como a descoberta de uma forma de acender o fogo, passando pela roda e máquinas a vapor, até a nossa era digital.

Os hábitos de consumo e comportamento mudam rapidamente e a inovação é uma exigência contínua de todos as cadeias econômicas. Ou seja, nunca foi apenas uma decisão estratégica do negócio, sempre é uma escolha entre a vida ou morte de uma organização. 

Uma empresa que não inova está fadada a propor uma oferta desalinhada com o mercado, o que gera perda de receita para o negócio. Com isso, tende a perder competitividade e relevância, levando o empreendimento à falência ou fechamento. 


O que é necessário para inovar? 

Para começar a inovar em um negócio é preciso, antes de tudo, criar uma cultura de inovação na empresa. Nas palavras dos especialistas do Babson College, Jay Rao e Joseph Weintraub: “Uma cultura de inovação se estrutura em seis módulos: valores, comportamentos, clima organizacional, recursos, processos e sucesso”.

  • Valores: norteiam prioridades e decisões. Os valores são menos o que os líderes dizem ou escrevem e mais o que fazem e investem. Empresas inovadoras investem no empreendedorismo e na promoção da criatividade e encorajam o aprendizado contínuo.

  • Comportamentos: descrevem como as pessoas agem, no caso, a favor da inovação. Em relação a líderes, incluem a disposição para substituir produtos existentes por novos e melhores, empolgar os funcionários com uma vibrante descrição do futuro e contornar entraves burocráticos. Entre as ações dos funcionários que favorecem a inovação estão a obstinação em solucionar obstáculos tecnológicos, a busca de recursos e a disposição para escutar os clientes.

  • Clima organizacional: dá o tom da convivência no ambiente de trabalho. Um clima organizacional voltado para a inovação cultiva entusiasmo e comprometimento, desafia as pessoas a assumir riscos dentro de um ambiente seguro, estimula o aprendizado e encoraja o pensamento independente.

  • Recursos: compreendem três fatores principais –pessoas, sistemas e projetos. As pessoas são o fator mais crucial, porque elas têm forte impacto nos valores da empresa e no clima organizacional.

  • Processos: são os caminhos que as inovações seguem quando desenvolvidas. Incluem o famoso “funil da inovação”, para captar e peneirar ideias, ou o modelo de stage-gate (de etapas), para rever e priorizar projetos e protótipos.

  • Sucesso: o êxito de uma inovação pode ser observado nos níveis externo, empresarial e pessoal. O externo, por exemplo, mostra quanto a empresa é reconhecida como inovadora por clientes e concorrentes e se suas inovações trazem frutos financeiros. O sucesso reforça valores, comportamentos e processos inovadores da organização.

É preciso que um destes módulos esteja bem consolidado em todos os níveis na organização para iniciar o processo contínuo de inovação. De modo geral, as pessoas têm alguma dificuldade em lidar com aquilo que envolve valores, comportamentos e clima organizacional, por seus aspectos intangíveis. Contudo, estes são fatores que ajudam a moldar a cultura empresarial de inovação e constroem vantagem competitiva sustentável.

Vencida a barreira cultural fica mais fácil, romper com os outros impedimentos:

Um grande desafio, e que demanda um esforço enorme para que seja modificado, é o amadurecimento empresarial e sua resistência para a inovação. Além de outros motivos que apresentaremos, a falta de confiança em todo o ciclo de inovação certamente prejudica os resultados.

Outro grande desafio está nos recursos humanos. Todo processo de inovação depende de pessoas, por isso elas não podem ser uma grande barreira neste quesito. Investir na qualificação das pessoas e incentivá-las a participar dos desafios de inovação é fundamental para que se ganhe velocidade no processo.

Assim como as pessoas, o dinheiro é um empecilho constante para a falta de inovação. Neste quesito, é comum as empresas não investirem na busca por coisas novas, que agreguem valor para seu dia a dia. E não estamos falando de fortunas. De modo geral as empresas mais inovadoras destinam de 3% a 6% de sua receita para suas áreas de P & D. 

Medo de arriscar é outro ponto em destaque nos problemas da falta de inovação das empresas brasileiras. Este item ainda “segura” o processo e impede as melhorias em boa parte das organizações. Correr riscos é parte natural de qualquer empreendimento. Não existe negócio seguro! Todo empreendedor está exposto a risco o tempo todo.

Assim como o fruto de uma inovação é sempre um risco, os resultados obtidos também podem não ser excepcionais no começo. Algumas inovações levam tempo para mostrar suas melhorias e, em alguns casos, os resultados podem não ser tão claros assim. 

Também, é sempre bom lembrar que a gestão deve investir em disciplina e estruturação dos projetos - ou projeto - de inovação que a empresa tocará. Eles precisam estar bem alinhados e formulados para que o planejamento alcance o resultado desejado.

Uma dica muito importante é a de investir em projetos que resolvam as dores dos clientes ao invés de tentar criar algo super novo e conceitual. Existem muitas formas de inovar que começam com ideias simples e que podem ser coletadas dentro do relacionamento com clientes e colaboradores. 

Abrir as portas da empresa para que parceiros ajudem no processo de inovação garante que novas ideias sejam geradas, debatidas e desenvolvidas. Participar de um ecossistema de inovação que reúne empresas, centros de pesquisa e outras entidades pode contribuir para a maturidade de inovar. 

Outro ponto essencial é engajar os colaboradores da empresa, valorizando as ideias de cada um e estimulando um movimento em toda companhia em prol dos novos projetos. 

Inserir a mentalidade empreendedora dentro da cultura da companhia ajuda a alcançar esse engajamento necessário para a criação de novos produtos e/ou serviços. Além disso, o empreendedorismo impulsiona a originalidade dos colaboradores.

Apesar destas barreiras que a inovação enfrenta, o cenário está melhorando em nosso país. Muitas empresas estão tentando inovar, investindo dinheiro nisso e, obviamente, correndo riscos. Temos um longo caminho para percorrer, mas conhecer os desafios e decidir enfrentá-los é uma questão que precisa ser vencida em muitas organizações.

Caso queiram um apoio para iniciar a implantação dos processos de gestão da inovação em sua organização, podem contar com a Ninho. 

 

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Depoimentos

Na confecção de projetos para captação de recursos é importante somar conhecimentos multidisciplinares, garantindo que o conteúdo do projeto contemple as tecnologias inovadores que serão utilizadas ou criadas durante o desenvolvimento do mesmo.

Fernando Barros de Sá

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A Decisão Sistemas buscava estruturar a empresa preparando-a para o crescimento. Uma importante etapa do processo era ter uma real visão da situação da empresa, para que fossem definidas ações condizentes com as necessidades da organização.

Almir Firmino da Silva

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O objetivo da Ninho é criar condições favoráveis e apoiar um conjunto significativo de empresas goianas, de micro e pequeno porte, no desenvolvimento de projetos com foco em inovação, utilizando os programas federais e estaduais de subvenção e financiamento.

Cláudio Henrique de Ávila

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