Há 20 anos ter celular não era algo comum (e 1998 nem parece tão distante), ao mesmo tempo que hoje em dia não ter um smartphone chega a ser incomum, por mais simples que seja. De forma menos explícita que os aparelhos, a real revolução foi a das redes e tecnologias que aceleraram o processo de chegada da era da informação.
Em pouco tempo, vimos muito de nossa realidade mudar. A integração da internet com nossas atividades diárias mudou todos os aspectos de nossas vidas, do acesso à informação aos relacionamentos interpessoais.
O mercado de trabalho foi muito impactado, exigindo novas valências dos profissionais, ao mesmo tempo que ferramentas mais avançadas se tornaram disponíveis, auxiliando pesquisas, trabalhos em times multinacionais e virtualização de trabalhos e ensaios que seriam inviáveis no mundo físico.
O que ainda está por vir: a Internet das Coisas
Um termo muito citado atualmente, o IoT, Internet of Things, ou Internet das Coisas, eleva a interação das máquinas a um novo patamar. Há algum tempo utilizamos tags ou outros tipos de sensores para automatizar produções ou processos manuais.
O IoT embarca inteligência e capacidade de comunicação de forma compacta em dispositivos que até pouco tempo eram desprovidos deste tipo de inteligência. Da mesma foram que ter um smartphone se tornou comum, ter uma geladeira que controle seus mantimentos, cheque validades dos alimentos e faça compras online automaticamente será trivial.
O que ainda está por vir: inteligência artificial
Falando em inteligência, outro tema muito recorrente na vida real e na ficção científica é a AI, IA ou Inteligência Artificial. AI consiste, basicamente, em sistemas capazes de aprender por meio de experiências ou instruções, elevando a qualidade de suas respostas aos estímulos a cada iteração ou input recebido.
Desde o Deep Blue da IBM, computador que ganhou a partida de xadrez de Kasparov em 1987, a corrida pelo desenvolvimento de máquinas capazes de interagir com humanos de forma mais natural e evoluírem por meio destas interações tem gerado várias soluções para o âmbito profissional e pessoal.
Como empresas e profissionais devem se posicionar em relação ao desenvolvimento tecnológico
A popularização destas tecnologias é uma ótima oportunidade, principalmente para pequenas empresas, visto que as estruturas necessárias para rodar aplicações podem ser alocadas na nuvem em serviços de terceiros. A atual ferramenta da IBM, o Watson, incentiva sua utilização neste formato.
Os impactos profissionais com a introdução destas e outras tecnologias podem ser percebidos no comportamento do mercado. Enquanto o volume de informação cresce, a tendência ao consumo cai, as pessoas estão preferindo alugar coisas do que as comprar, transformando tudo em serviço.
Os acessórios pessoais de alta tecnologia estão permitindo mais liberdade no trabalho, quebrando o padrão da semana e aumentando a produtividade de forma individualizada, o que tem um bom reflexo no resultado final da organização.
A predição das tecnologias pelos filmes de ficção acaba por induzir algumas pessoas ao medo dos possíveis resultados com a extrema evolução destas novas realidades, principalmente quando se fala em Inteligência Artificial.
Em uma palestra, o cientista Silvio Meira fez a seguinte citação: “Tecnologia não tem caráter”. Esta sucinta frase ressalta que estamos em uma fase onde é crucial desenhar, entender e praticar o propósito das organizações, relacionando-o com os propósitos individuais dos empreendedores e colaboradores.
Hoje é crucial utilizar a tecnologia e ferramentas para consolidar os relacionamentos internos e externos, garantindo qualidade na operação da empresa e na entrega dos produtos (bens ou serviços) ao cliente.
Sobre o autor:
Israel Wolf é Diretor da empresa Ninho Desenvolvimento Empresarial. Formado em engenharia de computação pela Universidade Federal de Goiás (UFG), possui MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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