Os projetos de reestruturação organizacional têm como finalidade e objetivo, o ajuste das estruturas das empresas às condições competitivas impostas pelo mercado. Mas quais estruturas são essas?
Em geral, quando tratamos de estrutura organizacional, a primeira ideia que vem à mente das pessoas são os organogramas, mas as organizações são estruturadas com pessoas, processos (operacionais e de apoio), recursos (máquinas, equipamentos, ferramentas, ambientes, etc), cultura e estratégias. Se considerarmos que a empresa é um organismo vivo, poderemos verificar que existe uma grande similaridade com outros organismos: as estruturas ósseas e musculares, os sistemas de manutenção da vida, a psique e os comportamentos e atitudes.
Como abordar a mudança em diferentes componentes desta estrutura?
Para cada componente da estrutura existem formas de ajuste distintas. Projetos que tem como finalidade interferir nos modelos operacionais tendem a ter enfoques mais pragmáticos e objetivos, geralmente baseados em práticas de mercado e/ou modelos conhecidos e testados. Se a intenção é ajustar condições culturais como comportamentos, imagem ou marca, tais projetos, por certo, serão menos impositivos e de longa duração, porque estarão tratando com a psique da empresa.
As principais diferenças que podemos verificar nessas abordagens dizem respeito ao prazo para as mudanças tornarem-se efetivas, assim como às técnicas de implantação e gestão das mudanças e ao envolvimento dos diferentes níveis hierárquicos na execução do projeto.
Mudanças em processos ou uso de recursos exigem muito mais envolvimento da base e dos níveis médios da hierarquia, enquanto mudanças de ordem cultural, ou de imagem, exigem muito mais dos níveis de direção.
Pontos a serem observados na reestruturação
Em geral, para qualquer projeto de reestruturação a área foco da mudança é a que requer maior atenção. Quando tratamos de crescimento, as áreas mais afetadas costumam ser as de produção e de marketing, ou seja, as áreas que geralmente possuem uma atuação comercial. Mas uma resposta específica sobre esse assunto, sempre precisa considerar algumas características: maturidade, organização e porte da empresa.
Qualquer projeto de reestruturação organizacional precisa, obrigatoriamente, considerar o nível de maturidade da organização. Esse componente da psique das empresas é determinante para definir qual será a intensidade das mudanças a serem promovidas. Quanto mais maduras, mais radicais podem ser as mudanças.
Uma segunda característica importante para o projeto é o nível de desajuste organizacional que se encontra a empresa: muita desorganização operacional pode gerar um volume considerável de trabalho para promover pequenos ajustes. O porte da organização é outra característica que deve ser considerada: empresas muito grandes consomem mais recursos e tempo para efetivação das mudanças.
Como é feita a análise das mudanças necessárias?
Quanto mais desalinhada a organização estiver das condições competitivas impostas pelo mercado em que atua (ou pretende atuar), mais profundas e amplas tendem a ser as mudanças. Para essas avaliações aplicam-se conhecimentos científicos e práticos, que possam evidenciar a distância entre o que se deseja e o que se tem ou onde está e onde deseja chegar.
É muito comum que as empresas não percebam que precisam se reestruturar. Os gestores (principalmente de pequenas e médias organizações) concentram-se muito em questões operacionais e não reconhecem os sintomas dos desajustes organizacionais. Por isso, na maioria dos casos, a avaliação da situação deve ser conduzida por técnicos externos à organização.
Monitore cada passo da mudança
Como qualquer projeto, a reestruturação de uma empresa precisa ser controlada! Portanto, atenção! Para se estabelecer os marcos de controle do projeto é preciso levar em conta quatro fatores: impacto e complexidade da mudança; tempo de execução e custo da mudança. Tais fatores são essenciais para o estabelecimento dos marcos de controle.
Projetos de reestruturação organizacional, por sua natureza, causam grande impacto e consomem muitos recursos, por isso, exigem um acompanhamento detalhado e próximo por parte dos responsáveis. O ideal é a adoção de métodos, técnicas e ferramentas de gerenciamento que permitam um rigoroso controle dos custos e cronograma de execução, para que se alcance os objetivos desejados.
Na Ninho temos muita experiência no desenvolvimento, execução e gerenciamento de projetos de reestruturação organizacional, em organizações de todo porte. Se você está sentindo que sua empresa não está se desenvolvendo, venha conversar conosco. Com certeza poderemos ajudá-lo.
Sobre o autor:
Jeferson Sena é sócio-diretor da Ninho Desenvolvimento Empresarial, especialista em projetos de organização e reestruturação de empresas, desenvolvimento, implementação e gestão de planejamento estratégico.
Deixar comentário
O seu endereço de email não será publicado. Por favor, preencha todos os campos.