Para microempresas que querem aderir boas práticas de governança corporativa, uma das principais diretrizes é a implantação de um conselho de administração.
O Conselho Administrativo nada mais é que uma estrutura organizacional, que pretende principalmente atuar alinhando os interesses dos gestores com os proprietários. Para garantir a transparência e credibilidade desse elo que se torna tão importante a existência de um Conselho Administrativo.
Além de concentrar as principais deliberações em relação à gestão do negócio, o Conselho Administrativo também trata de aspectos como tornar o planejamento estratégico e tomadas de decisão mais eficazes e seguras e concentrar as principais deliberações em relação à gestão do negócio.
Como compor um Conselho Administrativo em uma micro e pequenas empresa
Ao contrário do que muitos pensam, empresas de qualquer porte ou natureza jurídica podem determinar a criação de um Conselho Administrativo, inclusive microempresas.
A composição pode variar de acordo com especificidades de cada organização, mas é indicado manter no mínimo 5 e no máximo 11 conselheiros. A diversificação de experiências e qualificações dos participantes também deve ser considerada.
É fundamental que os conselheiros estejam totalmente alinhados à missão, princípios e valores da empresa e tenham experiência de mercado. Além de não estarem envolvidos em interesses e conflitos de um grupo ou acionista, mantendo sempre a imparcialidade na tomada de decisões.
Função e atribuições do Conselho Administrativo
Como falamos anteriormente, a função de um Conselho Administrativo é manter, na tomada de decisões, o direcionamento estratégico da empresa, conforme os principais interesses da organização, protegendo seu patrimônio e maximizando o retorno do negócio.
Dentro disso, as funções e atribuições do Conselho Administrativo são:
- Promover debates sobre os objetivos da empresa;
- Estimular a prática da tomada de decisões em grupo, descentralizando o controle;
- Estabelecer diretrizes para um planejamento estratégico e validar junto aos diretores da empresa;
- Instituir sistemas de controle interno e um código de conduta para a organização;
- Manter o princípio da transparência;Emitir relatórios com prestação todos os seus gastos;
Uma sugestão que deixamos é de realizar anualmente uma avaliação formal, para identificar como está o desempenho do Conselho e seus membros, com base em critérios como frequência, assiduidade e participação.
Quando uma microempresa deve implantar um Conselho Administrativo
Embora não haja uma exigência legal para a implementação de um Conselho Administrativo, com exceção das sociedades anônimas, ao instituir, seu negócio pode ganhar muito. Afinal, através de um Conselho Administrativo, é possível tomar decisões mais qualificadas, respaldadas e fortalecer a imagem e atuação da empresa.
A implementação do Conselho também pode ser um ganho para as empresas familiares no processo de sucessão. Estabelecendo o mesmo com foco de orientar e contribuir com a formação dos novos líderes e no processo de transição da liderança efetivamente ao envolver a nova liderança nas discussões estratégicas da empresa.
Adotar práticas de Governança Corporativa é um passo muito importante na trajetória de qualquer empresa, independentemente do porte, natureza jurídica e constituição. Essa é uma proposta de transparência extrema, que implica abrir a organização, dando poder para que outras partes além dos sócios, possam atuar no processo de governança, conhecendo e interferindo diretamente na estratégia.
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