O funil de ideias é uma ferramenta utilizada para analisar e qualificar, de maneira sistematizada, um grande número de ideias que poderão ser projetos inovadores. Por padronizar a maneira de captar e avaliar as ideias, é possível escalar a capacidade de identificação de novas oportunidades e, ao mesmo tempo, concentrar os esforços e recursos da empresa em projetos mais embasados.

Cada empresa, de acordo com sua cultura, pode adaptar o funil de ideias para que funcione com mais coerência e aderência. As etapas são:

• Captação e submissão de ideias;
• Amadurecimento e embasamento da ideia;
• Conceituação e validação;
• Avaliação, priorização e implementação.

Um funil mais simples consistiria em captação, avaliação (aprovação ou desaprovação) e priorização das ideias.

Evolução das ideias dentro do funil?

O funil de ideias faz parte do processo de gestão da inovação, que implementa formas de captar ideias de colaboradores, fornecedores e clientes. Estas ideias são cadastradas de forma organizada no início do funil, para então serem amadurecidas e avaliadas. 

Sendo a ideia viável, ela passa para a etapa de priorização, que depende diretamente da estratégia da empresa e do impacto que esta ideia tem nesta estratégia.

O processo de gestão estratégica da inovação deve ter um gestor específico, não necessariamente exclusivo, mas que seja o dono do processo e garanta seu total funcionamento.

A evolução das ideias no funil, por sua vez, é responsabilidade do Comitê da Inovação, grupo heterogêneo e multidisciplinar, que deve ser formado para analisar e priorizar ideias. Este comitê é de suma importância, pois possibilita que a ideia seja avaliada por pontos de vista distintos, garantindo que a melhor versão seja implementada ou no caso de ser descartada, haja o melhor embasamento possível. 

Quando descartar ou realizar uma ideia ao longo do funil

Vários fatores definirão se uma ideia será realizada ou descartada durante sua evolução no funil: 

• A ideia deve ser relevante para um grupo de pessoas;
• Ter viabilidade técnica, financeira, entre outros fatores envolvidos;
• Estar de acordo com as prioridades da empresa;
• Pontuação do impacto que ela trará;
• Recursos necessários.

Neste momento ela será comparada, por indicadores comuns, a outras ideias já em fase de priorização. Esta etapa se assemelha muito à avaliação técnica de projetos submetidos em editais de subvenção.

Toda empresa deve ter alguma versão do processo de gestão de inovação implementada. Este processo deve ser criado para que tenha aderência à cultura e ao porte da empresa, auxiliando na priorização de recursos destinados a criação de novos produtos, processos ou negócios. 

Este processo também é uma ótima fonte de ideias para melhorias internas, que não são consideradas inovação ou apenas inovação interna, mas trazem benefícios ao negócio.