A Lei do Bem, criada em 2005, concedia incentivos fiscais às empresas para a realização de pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. A iniciativa deu um impulso e mudou de maneira positiva a relação entre universidades, institutos de pesquisa e empresa do setor privado, ampliando o envolvimento das empresa com P&D.
Apesar de ser direcionada às grandes empresas que operam no Lucro Real, a Lei do Bem foi uma oportunidade das pequenas empresas atuarem como agentes de inovação, contratados por estas empresas beneficiadas. As pequenas empresas inovadoras e institutos de pesquisa vislumbraram neste apoio governamental a oportunidade de patrocinar projetos inovadores que, por muitas vezes, estavam à espera de alguma subvenção ou financiamento subsidiado.
Com a crise econômica instaurada no Brasil, muito tem se falado sobre como a inovação é um instrumento importante no processo de sustentabilidade do negócio. Por este motivo a Medida Provisória 694 que suspende a Lei do Bem veio como um golpe para a empresas que têm investido em inovação. A suspensão deste projeto de lei tem como objetivo minimizar o déficit orçamentário das contas do governo.
Como ficam os projetos de inovação em 2016
O impacto sobre da suspensão da Lei do Bem vai um pouco além da redução de recursos para inovação. A sua suspensão poderá mostrar a falta de maturidade brasileira no que tange aos investimentos em inovação fazendo com que os centros de pesquisa em inovação, migrem para outros países, afastando novos investimentos.
Mas para as empresas não é um momento desistir das ações de PD&I. Mesmo com a suspensão da Lei do Bem em 2016, é importante lembrar que existem diversas outras maneiras de investir em inovação. Apesar dos editais federais estarem relativamente desaquecidos, iniciativas regionais como a FAPEG com o edital Tecnova, a Goiás Fomento com o financiamento subsidiado Inovacred e a Funtec com o Edital de Inovação são alternativas para inovação em Goiás. O recém programa estadual intitulado Inova Goiás pode criar oportunidades para este tipo de investimento também.
A dica de sempre é: estruture e escreva seus projetos antes que os editais sejam escritos ou os programas lançados, pois isto ajudará na formatação de uma melhor solução e “sorte é estar bem preparado quando as oportunidades chegam”. Neste ponto a inclusão da Gestão da Inovação nas empresas é uma importante iniciativa para estruturar projetos e estar preparado para aproveitar as oportunidades de investimento assim que os editais surgirem.Israel Wolf é Diretor da empresa Ninho Desenvolvimento Empresarial. Formado em engenharia de computação pela Universidade Federal de Goiás (UFG), possui MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Sobre o autor:
Israel Wolf é Diretor da empresa Ninho Desenvolvimento Empresarial. Formado em engenharia de computação pela Universidade Federal de Goiás (UFG), possui MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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